Depressão
Uma característica peculiar da depressão é a “Conservação da disforia”, e se refere à tendência do depressivo em manter a sensação má. É uma dificuldade em livrar do marasmo, da sensação de tédio e de falta de animo. As mesmas coisas que em outros tempos deixava a pessoa empolgada, como por exemplo, viajar, comer num restaurante legal, passam a ser muito sem graça, a pessoa perde o interesse, a vivacidade e se alguém a forçar a fazer alguma dessas coisas, ele até vai, vai meio que arrastada, no final até gosta, até percebe que valeu a pena, mas não foi o suficiente para deixá-la animada a fazer de novo.
Sintomas da depressão
· Alterações do apetite e do sono
- Sentimento de pesar ou fracasso
- Dificuldade de tomar decisões
- Irritabilidade ou impaciência
- Achar que não vale a pena viver
- Chorar à-toa
- Dificuldade de concentração
- Perda de energia e interesse
- Sensação de que nunca vai melhorar
- Dificuldade de terminar as tarefas
- Sentimento de pena de si mesmo
- Pensamentos negativos e de culpa injustificáveis
- Perda do desejo sexual.
Pensamentos da pessoa depressiva
Nos quadros típicos de depressão mesmo sem ter grandes problemas concretos na vida a pessoa sente os pequenos problemas de uma forma muito atormentada, e sofre tanto como se fossem coisas realmente terríveis. Ao olhar de perto, o que se passa com ela são aquelas dificuldades do dia a dia de todo mundo, foi o leite que acabou, o ônibus que atrasou, ou seja, nada que mereceria tanta angustia.
Origens da depressão
Origens da depressão
Depressão adquirida - pelo processo do desamparo aprendido conforme descrito abaixo.
Deficiências química, teoria ainda não comprovada mas bem provável.
Herança genética, ou seja, as pessoas podem nascer com predisposição à depressão.
Medicação x Depressão
Existe uma via de mão dupla quando ingerimos antidepressivos. Tomando o medicamento antidepressivo a cabeça da pessoa muda, ela muda sua visão negativa e passa a ter um olhar mais ameno sobre a vida. O interessante é que por conta da psicoterapia os pensamentos são alterados positivamente, e com isso a química do seu cérebro também vai mudar. Ou seja, mudar os pensamentos tem o poder de alterar a química do cérebro e assim também controlamos a depressão.
De toda forma o efeito do medicamento é o que se chama de efeito cosmético, ou seja, ele não elimina a depressão, o medicamento suspende a depressão enquanto a pessoa medicada, e se não aproveitar essa fase para mudar sua cabeça com uma terapia, ou sozinha se ela conseguir, a depressão voltará.
Memória da pessoa depressiva
Um ponto curioso em relação à depressão é a memória da pessoa depressiva é afetada, pois ela tende a lembrar só das coisas negativas, dos problemas não resolvidos, das mancadas que deu ou que deram com ela, e os eventos positivos vão para o esquecimento.
Porque é tão comum encontrarmos pessoas depressivas hoje em dia
Ao contrário do que muita gente diz, eu não vejo a depressão como um mal dos tempos modernos. Depressão sempre existiu, mas a medicina não tinha conhecimento suficiente sobre a mente humana.
Antes da psicologia o sofrimento humano era visto como coisa de “maus espíritos”, ou simplesmente era ignorado. Até a uma geração antes da minha, eu tenho 47 anos, não se sabia que existia depressão pós-parto, diziam que a mulher estava “cansada”, isso quando não diziam que o que ela tinha era “frescura”.
O respeito pelo sofrimento mental é algo bem recente, mas ainda há muito por onde caminhar.
Porque o ser humano sofre de depressão
Porque o ser humano sofre de depressão
A explicação vem da evolução do homem. O homem primitivo só sobreviveu porque aprendeu a observar com muita atenção os perigos. Ele acordava de madrugada para verificar se estava tudo ok, se ao caminhar na mata ouvia um barulho diferente, parava e prestava atenção para ver se não seria algum predador. Ele tinha razão de ser assim, pois o desastre estava ao lado. Nossos ancestrais precisaram dessa visão pessimista para sobreviver, como por exemplo para criar a agricultura, pois percebeu que contar apenas com o que encontrava nem sempre dava certo, precisava se proteger da fome e da morte. O homem primitivo desenvolveu uma visão muito pessimista da vida, porque era necessário.
Ansiedade x Depressão
A ansiedade anda de mãos dadas com a depressão. A ansiedade acontece quando sua mente procura o que está errado, claro que faz isto para se defender. Ansiedade é uma forma de defesa.
A ansiedade é o equivalente a luz do painel do seu carro dizendo que falta óleo. O que você faz? Desliga a luz do painel ou coloca óleo no carro? É claro que vai colocar óleo, mas e se você perceber que não está faltando óleo e a tal da luz continua acesa? Isso é a ansiedade, é ter um alarme falso, ou seja, uma reação muito maior que o problema. Um exemplo é o telefone que toca e você dá um pulo, quando vai atender vê que era alguém do telemarketing. A luz do seu painel está acendendo por nada.
A ansiedade anda de mãos dadas com a depressão. A ansiedade acontece quando sua mente procura o que está errado, claro que faz isto para se defender. Ansiedade é uma forma de defesa.
A ansiedade é o equivalente a luz do painel do seu carro dizendo que falta óleo. O que você faz? Desliga a luz do painel ou coloca óleo no carro? É claro que vai colocar óleo, mas e se você perceber que não está faltando óleo e a tal da luz continua acesa? Isso é a ansiedade, é ter um alarme falso, ou seja, uma reação muito maior que o problema. Um exemplo é o telefone que toca e você dá um pulo, quando vai atender vê que era alguém do telemarketing. A luz do seu painel está acendendo por nada.
Avalie sua ansiedade
Responda a quatro perguntas:
- A ansiedade está te paralisando?
- Ela é proporcional ao perigo?
- Qual a intensidade?
- É baseada na realidade?
Por exemplo: Você não anda de metrô porque tem medo de sofrer um acidente. Falta na prova porque tem medo de ser reprovado. Não procura emprego porque acha que não vão te contratar. Não dá sua opinião porque acha que vão considerar bobagem o que você tem a dizer. Briga toda hora com o namorado porque pensa que ele está te traindo. Ou seja, você está deixando de fazer coisas por medo, ou está reagindo exageradamente, ou preocupada por coisas que não estão acontecendo, então você sofre de ansiedade.
Quando a ansiedade é muito forte ela te paralisa, é improdutiva. Ex. O vendedor que não liga para os clientes com medo de que eles lhe digam “não”. O estudante que não quer ir para escola porque os colegas não o chamam para jogar futebol, e aí ele conclui que “todo mundo o odeia”. Assim percebemos como a depressão ocorre em conseqüência da andiedade.
Quando a ansiedade é muito forte ela te paralisa, é improdutiva. Ex. O vendedor que não liga para os clientes com medo de que eles lhe digam “não”. O estudante que não quer ir para escola porque os colegas não o chamam para jogar futebol, e aí ele conclui que “todo mundo o odeia”. Assim percebemos como a depressão ocorre em conseqüência da andiedade.
Desamparo Aprendido
Um dos caminhos para depressão aparecer é o desamparo aprendido, ou seja, a pessoa vai passando por tantas situações negativas até chegar um momento que perde a expectativa de que vá acontecer coisas melhores. Por exemplo: Uma menina que cresceu com meninos, e tudo o que esses meninos faziam era considerando interessante, e o que ela fazia era ignorado, o menino tirava nota alta, diziam que ele era super inteligente, ela tirava nota alta, diziam que não fazia mais que a obrigação. Os meninos eram incentivados a atividades em grupo, a menina era incentivada a ficar passiva e dependente. Esta menina cresce, e agora em novas situações, onde talvez não houvesse rejeição, ela não vai perceber que pode ser aceita, pode ser reconhecida, mas devido ao seu histórico ela fica cega a isso, cega para novas oportunidades, pois só consegue enxergar a repetição do seu passado, mesmo que esse passado não esteja mais ocorrendo. Ela se sente desamparada, sem saída. E desamparo produz depressão. (Texto completo sobre Desamparo você encontra abaixo - nesta mesma página)
Um dos caminhos para depressão aparecer é o desamparo aprendido, ou seja, a pessoa vai passando por tantas situações negativas até chegar um momento que perde a expectativa de que vá acontecer coisas melhores. Por exemplo: Uma menina que cresceu com meninos, e tudo o que esses meninos faziam era considerando interessante, e o que ela fazia era ignorado, o menino tirava nota alta, diziam que ele era super inteligente, ela tirava nota alta, diziam que não fazia mais que a obrigação. Os meninos eram incentivados a atividades em grupo, a menina era incentivada a ficar passiva e dependente. Esta menina cresce, e agora em novas situações, onde talvez não houvesse rejeição, ela não vai perceber que pode ser aceita, pode ser reconhecida, mas devido ao seu histórico ela fica cega a isso, cega para novas oportunidades, pois só consegue enxergar a repetição do seu passado, mesmo que esse passado não esteja mais ocorrendo. Ela se sente desamparada, sem saída. E desamparo produz depressão. (Texto completo sobre Desamparo você encontra abaixo - nesta mesma página)
Ruminação
Um forte fator desencadeante para a depressão é a Ruminação. A depressão é uma doença do pensamento. Vamos ver um exemplo: Duas pessoas são demitidas do seu trabalho. Uma sai para se encontrar com os amigos e falar da vida, de tudo, menos de emprego, patrão e demissão, no outro dia vai jogar bola, e no outro monta seu currículo e vai à luta para encontrar um novo emprego. Mas a outra pessoa de nosso exemplo fica pensando no que aconteceu, o que foi que ela fez de errado, revira tudo mil vezes, acha defeito no que fez, no que disse, no que vestiu, ou seja, rumina sem chegar a conclusão nenhuma. Adivinhem, quem vai ficar deprimido? O que ficou ruminando os problemas ou o que continuou a vida?
Busca do irreal
Outra explicação para depressão é a busca do irreal. Como por exemplo, a busca da perfeição que faz a pessoa perder um tempo danado em detalhes que não vão mudar em nada o resultado final. A busca de ser a pessoa perfeita que não dá mancada, não erra nunca. Luta para que tudo o que ela diz ou faz seja considerado muito interessante e importante por todo mundo. Com esse objetivo irreal o resultado será o fechamento para o mundo, pois nada do que tem a dizer vai considerar bom o suficiente.
Tem tratamento para depressão?
Tem medicação, que como eu já disse não elimina o problema, não reeduca o pensamento, o medicamento trabalha só supressão do sintoma, parou o remédio o sintoma volta, e ainda tem os efeitos colaterais e o risco de dependência. Mas vejam bem, não sou totalmente contra, conforme o caso é indicado sim, mas tem que ser muito bem avaliado por um bom psiquiatra.
Outra opção é o eletrochoque, que voltou a ser usado hoje em dia. É um tanto assustador, causa alguma perda de memória e confusão mental e indicado só para casos muito específicos.
Outra opção é o eletrochoque, que voltou a ser usado hoje em dia. É um tanto assustador, causa alguma perda de memória e confusão mental e indicado só para casos muito específicos.
Como funciona a Psicoterapia para depressão
A terapia muda o padrão de pensamento depressivo, pensamentos de fracasso, derrota, perda, desamparo. Ensina resolução de problemas, pois quando a pessoa está deprimida não consegue ver a solução que muitas vezes está bem a sua frente.
Na terapia cognitiva a pessoa aprende a tornar conscientes os seus pensamentos automáticos, aprende a questionar os pensamentos disfuncionais e a mudar as crenças que estão eliciando esses pensamentos negativos.
A terapia corrige quatro grupos principais: pensamento, sentimento, comportamento e condição física.
Para se diagnosticar a depressão é necessário perceber sintomas nestes quatro grupos: Pensamento, sentimento, comportamento e condição física. Quanto mais sintomas a pessoa tiver mais intensa é a depressão.
Pensamento do depressivo
O modo de pensar do deprimido é peculiar pois desenvolve uma imagem muito severa de si mesmo, do mundo e do futuro. O futuro para é sem esperança, acha que ele não tem direito a futuro porque não tem talento ou capacidade para fazer melhor. Qualquer pequeno obstáculo para será percebido como intransponível. Acha que tudo o que toca vira cinzas. O interessante é que é possível que ele convença as pessoas de que a vida é horrível e sem saída. Pessimismo que vê as causas dos seus problemas como permanentes e pessoais, ou seja, nada vai melhorar, nunca, e ele é o responsável pela sua vida ser esse horror.
Sentimentos do depressivo
O estado de animo do deprimido é horrível. Ele se sente mal, triste, desanimado, um poço de desespero. Chora muito, e será até pior quando não chora por sentir que seu desespero está além das lágrimas. A vida não tem sabor, tudo é sem graça. As piadas não são interessantes e as ironias são insuportáveis. Tem muita tristeza, mas também muita ansiedade e irritação, hostilidade e quando isso se apaga ele fica entorpecido.
Comportamento do depressivo
O depressivo é passivo, indeciso e muitas vezes com tendências suicidas. A morte pode ser um pensamento constante como opção de saída desse sofrimento. Muitas vezes a pessoa só faz as coisas que são rotineiras, não inovam, não tentam nada diferente, e desiste de tudo com muita facilidade principalmente se for contrariado, por exemplo, se a caneta falhar ele joga ela fora e não escreve mais nada, ou, se vai comer macarrão, e alguém diz que seria bom se comesse uma fruta ele larga tudo e não come nenhuma das opções.
Condição física do depressivo
Condição física do depressivo
Os sintomas físicos ficam mais intensos quanto mais severa for a depressão. Não tem apetite, não tem animo para sexo, não dorme e se sente esgotado.
Tipos de depressão
Existem tipos diferentes de depressão. Tem a síndrome do ninho vazio, que aparece quando os filhos vão embora, tem a depressão pós-parto que se inicia devido ao nascimento de um filho. Mas os três grandes tipos de depressão são a depressão típica, o transtorno bipolar e a distimia.
Distimia
A distimia é um “mau humor” que aparece em certo momento da vida e nunca mais vai embora. A coisa não é tão intensa, mas não é o normal da pessoa, só que como dura tanto tempo a família acaba até achando que é a personalidade da pessoa que mudou, mas não é. É um quadro depressivo.
Distimia significa “mau humor”. Quando você tem distimia não identifica um momento específico de depressão, mas apresenta esse mal humor todos os dias, o dia inteiro. É um quadro mais brando, mas continuo. Na depressão típica você tem momentos melhores e momentos piores. Na distimia não. É o tempo todo aquele mau humor continuo.
Pra identificar a distimia basta notar que a pessoa passou a ser pouco sociável. Não fica mais com amigos e nem com a família, passa a ter hábitos rígidos, faz todo dia a mesma coisa, não muda a rotina. Os colegas normalmente dizem que ele é “sério demais”, e com o tempo as pessoas começam a achar que esse é o seu jeito mesmo, mas isso não é verdade. Distimia é um outro tipo de doença. Pode e deve ser tratado.
A distimia é confundida com o jeito da pessoa ser, dizem: “É a personalidade dele”. Se a pessoa muda de comportamento e passa a não considerar as suas próprias idéias, não acreditar nela mesma, não confiar em si mesmo, ficar anti-social, solitário, não acha graça nas coisas. Isso pode ser distimia.
Na distimia o sofrimento não é tão arrasador como na depressão. Mas é muito debilitante. porque é constante. Não tem momentos de alivio.
Alguns critérios do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-IV)
- Humor depressivo (ou irritável) na maior parte do dia durante mais dias há pelo menos um ano.
- Presença de dois (ou mais) dos seguintes sintomas: (1) pouco apetite ou hiperfagia, (2) insônia ou hipersonia, (3) baixa energia ou cansaço, (4) baixa auto-estima, (5) pouca concentração ou dificuldade para tomar decisões e (6) sentimentos de desesperança.
- Durante o período de um ano a pessoa jamais esteve sem sintomas por mais de dois meses.
- Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou comprometimento das áreas social, profissional ou ainda outras áreas importantes.Outros sintomas são: raiva, sentimentos de não ser amado, autodepreciação, ansiedade e desobediência
Bipolar
O transtorno bipolar você percebe quando a pessoa apresenta ciclos nítidos, fases onde ela se sente muito mal, nem levanta da cama se deixar, e fases onde esta eufórica e até fazendo bobagens por se sentir “bem demais”, fase maníaca. É uma alegria desproporcional e doentia. O problema nesta fase é que a pessoa larga o tratamento porque se sente poderosa, compra coisas que não pode pagar, faz viagens que não devia, fica tagarela, e sem senso critico disso tudo.
O transtorno afetivo bipolar era denominado até bem pouco tempo de psicose maníaco-depressiva. Esse nome foi abandonado principalmente porque este transtorno não apresenta necessariamente sintomas psicóticos.
A alternância de estados depressivos com maníacos é a tônica dessa patologia. Muitas vezes o diagnóstico correto só será feito depois de muitos anos pois o psicólogo precisa acompanhar as fases.
O início desse transtorno geralmente se dá em torno dos 20 a 30 anos de idade, mas pode começar mesmo após os 70 anos. O início pode ser tanto pela fase depressiva como pela fase maníaca, iniciando gradualmente ao longo de semanas, meses ou abruptamente em poucos dias. Além dos quadros depressivos e maníacos, há também os quadros mistos (sintomas depressivos simultâneos aos maníacos) o que muitas vezes confunde os médicos retardando o diagnóstico da fase em atividade.
Se aceita a divisão do transtorno afetivo bipolar em dois tipos: o tipo I e o tipo II. O tipo I é a forma clássica em que o paciente apresenta os episódios de mania alternados com os depressivos. As fases maníacas não precisam necessariamente ser seguidas por fases depressivas, nem as depressivas por maníacas. Na prática observam-se muito mais uma tendência dos pacientes a fazerem várias crises de um tipo e poucas do outro, há pacientes bipolares que nunca fizeram fases depressivas e há deprimidos que só tiveram uma fase maníaca enquanto as depressivas foram numerosas. O tipo II caracteriza-se por não apresentar episódios de mania, mas de hipomania com depressão.
Fase maníaca
Tipicamente leva uma a duas semanas para começar e quando não tratado pode durar meses. O estado de humor está elevado podendo isso significar uma alegria contagiante ou uma irritação agressiva. Junto a essa elevação encontram-se alguns outros sintomas como elevação da auto-estima, sentimentos de grandiosidade podendo chegar à manifestação delirante de grandeza considerando-se uma pessoa especial, dotada de poderes e capacidades únicas como telepáticas por exemplo. Aumento da atividade motora apresentando grande vigor físico e apesar disso com uma diminuição da necessidade de sono. O paciente apresenta uma forte pressão para falar ininterruptamente, as idéias correm rapidamente a ponto de não concluir o que começou e ficar sempre emendando uma idéia não concluída em outra sucessivamente: a isto denominamos fuga-de-idéias. O paciente apresenta uma elevação da percepção de estímulos externos levando-o a distrair-se constantemente com pequenos ou insignificantes acontecimentos alheios à conversa em andamento. Aumento do interesse e da atividade sexual. Perda da consciência a respeito de sua própria condição patológica, tornando-se uma pessoa socialmente inconveniente ou insuportável. Envolvimento em atividades potencialmente perigosas sem manifestar preocupação com isso. Podem surgir sintomas psicóticos típicos da esquizofrenia o que não significa uma mudança de diagnóstico, mas mostra um quadro mais grave quando isso acontece.
Fase depressiva
É de certa forma o oposto da fase maníaca, o humor está depressivo, a auto-estima em baixa com sentimentos de inferioridade, a capacidade física esta comprometida, pois a sensação de cansaço é constante. As idéias fluem com lentidão e dificuldade, a atenção é difícil de ser mantida e o interesse pelas coisas em geral é perdido bem como o prazer na realização daquilo que antes era agradável. Nessa fase o sono também está diminuído, mas ao contrário da fase maníaca, não é um sono que satisfaça ou descanse, uma vez que o paciente acorda indisposto. Quando não tratada a fase maníaca pode durar meses também.
Desamparo aprendido
A alternância de estados depressivos com maníacos é a tônica dessa patologia. Muitas vezes o diagnóstico correto só será feito depois de muitos anos pois o psicólogo precisa acompanhar as fases.
O início desse transtorno geralmente se dá em torno dos 20 a 30 anos de idade, mas pode começar mesmo após os 70 anos. O início pode ser tanto pela fase depressiva como pela fase maníaca, iniciando gradualmente ao longo de semanas, meses ou abruptamente em poucos dias. Além dos quadros depressivos e maníacos, há também os quadros mistos (sintomas depressivos simultâneos aos maníacos) o que muitas vezes confunde os médicos retardando o diagnóstico da fase em atividade.
Se aceita a divisão do transtorno afetivo bipolar em dois tipos: o tipo I e o tipo II. O tipo I é a forma clássica em que o paciente apresenta os episódios de mania alternados com os depressivos. As fases maníacas não precisam necessariamente ser seguidas por fases depressivas, nem as depressivas por maníacas. Na prática observam-se muito mais uma tendência dos pacientes a fazerem várias crises de um tipo e poucas do outro, há pacientes bipolares que nunca fizeram fases depressivas e há deprimidos que só tiveram uma fase maníaca enquanto as depressivas foram numerosas. O tipo II caracteriza-se por não apresentar episódios de mania, mas de hipomania com depressão.
Fase maníaca
Tipicamente leva uma a duas semanas para começar e quando não tratado pode durar meses. O estado de humor está elevado podendo isso significar uma alegria contagiante ou uma irritação agressiva. Junto a essa elevação encontram-se alguns outros sintomas como elevação da auto-estima, sentimentos de grandiosidade podendo chegar à manifestação delirante de grandeza considerando-se uma pessoa especial, dotada de poderes e capacidades únicas como telepáticas por exemplo. Aumento da atividade motora apresentando grande vigor físico e apesar disso com uma diminuição da necessidade de sono. O paciente apresenta uma forte pressão para falar ininterruptamente, as idéias correm rapidamente a ponto de não concluir o que começou e ficar sempre emendando uma idéia não concluída em outra sucessivamente: a isto denominamos fuga-de-idéias. O paciente apresenta uma elevação da percepção de estímulos externos levando-o a distrair-se constantemente com pequenos ou insignificantes acontecimentos alheios à conversa em andamento. Aumento do interesse e da atividade sexual. Perda da consciência a respeito de sua própria condição patológica, tornando-se uma pessoa socialmente inconveniente ou insuportável. Envolvimento em atividades potencialmente perigosas sem manifestar preocupação com isso. Podem surgir sintomas psicóticos típicos da esquizofrenia o que não significa uma mudança de diagnóstico, mas mostra um quadro mais grave quando isso acontece.
Fase depressiva
É de certa forma o oposto da fase maníaca, o humor está depressivo, a auto-estima em baixa com sentimentos de inferioridade, a capacidade física esta comprometida, pois a sensação de cansaço é constante. As idéias fluem com lentidão e dificuldade, a atenção é difícil de ser mantida e o interesse pelas coisas em geral é perdido bem como o prazer na realização daquilo que antes era agradável. Nessa fase o sono também está diminuído, mas ao contrário da fase maníaca, não é um sono que satisfaça ou descanse, uma vez que o paciente acorda indisposto. Quando não tratada a fase maníaca pode durar meses também.
Desamparo aprendido
O desamparo, sentimento intimimante ligado à depressão, é aprendido, para provar esta teoria um grupo de pesquisadores realizou o seguinte experimento: Foi feita uma sala com um piso que dava pequenos, mas desconfortáveis choques, nesta sala foram colocados cães, não dava para os cães se livrarem dos choques porque pegava todo o piso. Por mais que eles tentassem se livrar do choque não era possível. Mas quando o segundo grupo de cães foi colocado na sala havia um botão que se eles encostassem o focinho o choque seria desligado. Este grupo a prendeu a se livrar dos choques, porque conforme eles se movimentaram eles acabaram percebendo que este botão os salvava dos choques. Num segundo momento colocaram os cães novamente em outra sala onde só metade do piso dava choque. Para o cão se livrar do choque era só dar um passo a frente e sair da área de choque. E foi surpreendente. O 1º grupo que passou pela experiência de ser impossível se livrar dos choques, nem tentou se livrar dos choques nesta sala. Mesmo sendo em outro ambiente, eles ficaram desamparados. Mas o grupo que tinha como se livrar do choque na sala anterior conseguiu se livrar dos choques facilmente nesta sala também. Eles não desistiram e foram bem sucedidos.
O que esse experimento nos mostra é que quando as pessoas passam por experiências difíceis, onde elas não conseguiram contornar a situação e depois passam por outro problema, em outra situação diferente, a pessoa fica apática, nem tenta, mesmo que nessa situação ele tenha possibilidade de sucesso. Isso significa que o desamparo foi instalado.