sábado, 19 de novembro de 2011

Músicas que passam belas mensagens



Não É Tarde


Não é tarde para se sonhar
O céu ainda é azul há esperança
É só olhar no olhar de uma criança
No sorriso de uma mãe que deu à luz



Não é tarde para se sonhar
O céu ainda é azul há esperança
É só olhar no olhar de uma criança
No sorriso de uma mãe que deu à luz



Ouvirei os testemunhos
De bravos homens que venceram
Ouvirei dos cegos
Que ainda esperam a visão
Ouvirei canções que marcam
Toda uma geração
Não é tarde
Pra sonhar



Não é não
Minha força vem de um Deus que faz milagres
Minha fé está além do impossível
Minha esperança viva está
Meu coração não quer parar
Pois nunca é tarde, não é tarde para se sonhar



Não é tarde para se sonhar
O céu ainda é azul há esperança
É só olhar no olhar de uma criança (de uma criança)
No sorriso de uma mãe que deu à luz



Ouvirei os testemunhos
De bravos homens que venceram
Ouvirei dos cegos
Que ainda esperam a visão
Ouvirei canções que marcam
Toda uma geração
Não é tarde
Pra sonhar



Não é não
Minha força vem de um Deus que faz milagres
Minha fé está além do impossível
Minha esperança viva está
Meu coração não quer parar
pois nunca é tarde pra sonhar

Minha força vem de um Deus que faz milagres
Minha fé está além do impossível
Minha esperança viva está
Meu coração não quer parar
Pois nunca é tarde, (nunca é tarde)

Sempre há uma esperança
Para aqueles que esperam
Firmes nas promessas do Senhor
O Deus do impossível
Haja o que houver
Eu sonharei
Seus lindos sonhos viverei
Não desistirei

Minha força vem de um Deus que faz milagres
Minha fé está além do impossível
Minha esperança viva está
Meu coração não quer parar
pois nunca é tarde pra sonhar

Minha força vem de um Deus que faz milagres
Minha fé está além do impossível
Minha esperança viva está
Meu coração não quer parar
Pois nunca é tarde, não é tarde para se sonhar.

sábado, 5 de novembro de 2011

Lista dos Direitos Humanos

Por Iliana Lessa Jatobá
Psicóloga Cognitivo Comportamental



LISTA DOS DIREITOS HUMANOS

·         O direito de manter sua dignidade e respeito comportando-se de forma habilidosa ou assertiva -inclusive se a outra pessoa sentir-se ferida enquanto não viole os direitos humanos básicos dos outros.

·         O direito de ser tratado com respeito e dignidade.

·         O direito de negar pedidos sem ter que sentir-se culpado ou egoísta.

·         O direito de experimentar e expressar seus próprios sentimentos.

·         O direito de parar e pensar antes de agir.

·         O direito de mudar de opinião.

·         O direito de pedir o que quiser (entendendo que a outra pessoa tem o direito de dizer não).

·         O direito de fazer menos do que é humanamente capaz de fazer.

·         O direito de ser independente.

·         O direito de decidir o que fazer com o seu próprio corpo, tempo e propriedade.

·         O direito de pedir informações.

·         O direito de cometer erros- e ser responsável por eles.

·         O direito de sentir-se bem consigo mesmo.

·         O direito de ter suas próprias necessidades e que sejam tão importantes quanto os demais. Além disso, temos o direito de pedir (não exigir) aos demais que correspondam as nossas necessidades e de decidir satisfazemos os demais.

·         O direito de ter opiniões e expressá-las.

·         O direito de decidir se satisfaz as expectativas de outras pessoas ou se comportar seguindo seus interesses- sempre que não viole os direitos dos demais.

·         O direito de falar sobre o problema com a pessoa envolvida e esclarecê-lo, em casos- limite em que os direitos não estão totalmente claros.

·         O direito de obter aquilo pelo que paga.

·         O direito de escolher não se comporta de maneira assertiva ou socialmente habilidosa.

·         O direito de ter direitos e defendê-los.

·         O direito de ser escutado e ser levado a sério.

·         O direito de estar só quando assim o desejar.

·         O direito de fazer qualquer coisa enquanto não viole os direitos de outra pessoa.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Depressão

Depressão

por Marisa de Abreu , psicóloga .

Uma característica peculiar da depressão é a “Conservação da disforia”, e se refere à tendência do depressivo em manter a sensação má. É uma dificuldade em livrar do marasmo, da sensação de tédio e de falta de animo. As mesmas coisas que em outros tempos deixava a pessoa empolgada, como por exemplo, viajar, comer num restaurante legal, passam a ser muito sem graça, a pessoa perde o interesse, a vivacidade e se alguém a forçar a fazer alguma dessas coisas, ele até vai, vai meio que arrastada, no final até gosta, até percebe que valeu a pena, mas não foi o suficiente para deixá-la animada a fazer de novo.



Sintomas da depressão

· Alterações do apetite e do sono

  • Sentimento de pesar ou fracasso
  • Dificuldade de tomar decisões
  • Irritabilidade ou impaciência
  • Achar que não vale a pena viver
  • Chorar à-toa
  • Dificuldade de concentração
  • Perda de energia e interesse
  • Sensação de que nunca vai melhorar
  • Dificuldade de terminar as tarefas
  • Sentimento de pena de si mesmo
  • Pensamentos negativos e de culpa injustificáveis
  • Perda do desejo sexual.

Pensamentos da pessoa depressiva

Nos quadros típicos de depressão mesmo sem ter grandes problemas concretos na vida a pessoa sente os pequenos problemas de uma forma muito atormentada, e sofre tanto como se fossem coisas realmente terríveis. Ao olhar de perto, o que se passa com ela são aquelas dificuldades do dia a dia de todo mundo, foi o leite que acabou, o ônibus que atrasou, ou seja, nada que mereceria tanta angustia.

Origens da depressão

Depressão adquirida - pelo processo do desamparo aprendido conforme descrito abaixo.

Deficiências química, teoria ainda não comprovada mas bem provável.

Herança genética, ou seja, as pessoas podem nascer com predisposição à depressão.



Medicação x Depressão


Existe uma via de mão dupla quando ingerimos antidepressivos. Tomando o medicamento antidepressivo a cabeça da pessoa muda, ela muda sua visão negativa e passa a ter um olhar mais ameno sobre a vida. O interessante é que por conta da
psicoterapia os pensamentos são alterados positivamente, e com isso a química do seu cérebro também vai mudar. Ou seja, mudar os pensamentos tem o poder de alterar a química do cérebro e assim também controlamos a depressão.
De toda forma o efeito do medicamento é o que se chama de efeito cosmético, ou seja, ele não elimina a depressão, o medicamento suspende a depressão enquanto a pessoa medicada, e se não aproveitar essa fase para mudar sua cabeça com uma terapia, ou sozinha se ela conseguir, a depressão voltará.

Memória da pessoa depressiva



Um ponto curioso em relação à depressão é a memória da pessoa depressiva é afetada, pois ela tende a lembrar só das coisas negativas, dos problemas não resolvidos, das mancadas que deu ou que deram com ela, e os eventos positivos vão para o esquecimento.

Porque é tão comum encontrarmos pessoas depressivas hoje em dia


Ao contrário do que muita gente diz, eu não vejo a depressão como um mal dos tempos modernos. Depressão sempre existiu, mas a medicina não tinha conhecimento suficiente sobre a mente humana.
Antes da
psicologia o sofrimento humano era visto como coisa de “maus espíritos”, ou simplesmente era ignorado. Até a uma geração antes da minha, eu tenho 47 anos, não se sabia que existia depressão pós-parto, diziam que a mulher estava “cansada”, isso quando não diziam que o que ela tinha era “frescura”.

O respeito pelo sofrimento mental é algo bem recente, mas ainda há muito por onde caminhar.

Porque o ser humano sofre de depressão

A explicação vem da evolução do homem. O homem primitivo só sobreviveu porque aprendeu a observar com muita atenção os perigos. Ele acordava de madrugada para verificar se estava tudo ok, se ao caminhar na mata ouvia um barulho diferente, parava e prestava atenção para ver se não seria algum predador. Ele tinha razão de ser assim, pois o desastre estava ao lado. Nossos ancestrais precisaram dessa visão pessimista para sobreviver, como por exemplo para criar a agricultura, pois percebeu que contar apenas com o que encontrava nem sempre dava certo, precisava se proteger da fome e da morte. O homem primitivo desenvolveu uma visão muito pessimista da vida, porque era necessário.

Ansiedade x Depressão

A ansiedade anda de mãos dadas com a depressão. A ansiedade acontece quando sua mente procura o que está errado, claro que faz isto para se defender. Ansiedade é uma forma de defesa.
A ansiedade é o equivalente a luz do painel do seu carro dizendo que falta óleo. O que você faz? Desliga a luz do painel ou coloca óleo no carro? É claro que vai colocar óleo, mas e se você perceber que não está faltando óleo e a tal da luz continua acesa? Isso é a ansiedade, é ter um alarme falso, ou seja, uma reação muito maior que o problema. Um exemplo é o telefone que toca e você dá um pulo, quando vai atender vê que era alguém do telemarketing. A luz do seu painel está acendendo por nada.

Avalie sua ansiedade


Responda a quatro perguntas:

  1. A ansiedade está te paralisando?
  2. Ela é proporcional ao perigo?
  3. Qual a intensidade?
  4. É baseada na realidade?

Por exemplo: Você não anda de metrô porque tem medo de sofrer um acidente. Falta na prova porque tem medo de ser reprovado. Não procura emprego porque acha que não vão te contratar. Não dá sua opinião porque acha que vão considerar bobagem o que você tem a dizer. Briga toda hora com o namorado porque pensa que ele está te traindo. Ou seja, você está deixando de fazer coisas por medo, ou está reagindo exageradamente, ou preocupada por coisas que não estão acontecendo, então você sofre de ansiedade.
Quando a ansiedade é muito forte ela te paralisa, é improdutiva. Ex. O vendedor que não liga para os clientes com medo de que eles lhe digam “não”. O estudante que não quer ir para escola porque os colegas não o chamam para jogar futebol, e aí ele conclui que “todo mundo o odeia”. Assim percebemos como a depressão ocorre em conseqüência da andiedade.

Desamparo Aprendido

Um dos caminhos para depressão aparecer é o desamparo aprendido, ou seja, a pessoa vai passando por tantas situações negativas até chegar um momento que perde a expectativa de que vá acontecer coisas melhores. Por exemplo: Uma menina que cresceu com meninos, e tudo o que esses meninos faziam era considerando interessante, e o que ela fazia era ignorado, o menino tirava nota alta, diziam que ele era super inteligente, ela tirava nota alta, diziam que não fazia mais que a obrigação. Os meninos eram incentivados a atividades em grupo, a menina era incentivada a ficar passiva e dependente. Esta menina cresce, e agora em novas situações, onde talvez não houvesse rejeição, ela não vai perceber que pode ser aceita, pode ser reconhecida, mas devido ao seu histórico ela fica cega a isso, cega para novas oportunidades, pois só consegue enxergar a repetição do seu passado, mesmo que esse passado não esteja mais ocorrendo. Ela se sente desamparada, sem saída. E desamparo produz depressão. (Texto completo sobre Desamparo você encontra abaixo - nesta mesma página)

Ruminação

Um forte fator desencadeante para a depressão é a Ruminação. A depressão é uma doença do pensamento. Vamos ver um exemplo: Duas pessoas são demitidas do seu trabalho. Uma sai para se encontrar com os amigos e falar da vida, de tudo, menos de emprego, patrão e demissão, no outro dia vai jogar bola, e no outro monta seu currículo e vai à luta para encontrar um novo emprego. Mas a outra pessoa de nosso exemplo fica pensando no que aconteceu, o que foi que ela fez de errado, revira tudo mil vezes, acha defeito no que fez, no que disse, no que vestiu, ou seja, rumina sem chegar a conclusão nenhuma. Adivinhem, quem vai ficar deprimido? O que ficou ruminando os problemas ou o que continuou a vida?

Busca do irreal

Outra explicação para depressão é a busca do irreal. Como por exemplo, a busca da perfeição que faz a pessoa perder um tempo danado em detalhes que não vão mudar em nada o resultado final. A busca de ser a pessoa perfeita que não dá mancada, não erra nunca. Luta para que tudo o que ela diz ou faz seja considerado muito interessante e importante por todo mundo. Com esse objetivo irreal o resultado será o fechamento para o mundo, pois nada do que tem a dizer vai considerar bom o suficiente.

Tem tratamento para depressão?

Tem medicação, que como eu já disse não elimina o problema, não reeduca o pensamento, o medicamento trabalha só supressão do sintoma, parou o remédio o sintoma volta, e ainda tem os efeitos colaterais e o risco de dependência. Mas vejam bem, não sou totalmente contra, conforme o caso é indicado sim, mas tem que ser muito bem avaliado por um bom psiquiatra.
Outra opção é o eletrochoque, que voltou a ser usado hoje em dia. É um tanto assustador, causa alguma perda de memória e confusão mental e indicado só para casos muito específicos.

Uma ótima opção é a psicoterapia

Como funciona a Psicoterapia para depressão


A terapia muda o padrão de pensamento depressivo, pensamentos de fracasso, derrota, perda, desamparo. Ensina resolução de problemas, pois quando a pessoa está deprimida não consegue ver a solução que muitas vezes está bem a sua frente.
Na terapia cognitiva a pessoa aprende a tornar conscientes os seus pensamentos automáticos, aprende a questionar os pensamentos disfuncionais e a mudar as crenças que estão eliciando esses pensamentos negativos.
A terapia corrige quatro grupos principais: pensamento, sentimento, comportamento e condição física.

Para se diagnosticar a depressão é necessário perceber sintomas nestes quatro grupos: Pensamento, sentimento, comportamento e condição física. Quanto mais sintomas a pessoa tiver mais intensa é a depressão.

Pensamento do depressivo


O modo de pensar do deprimido é peculiar pois desenvolve uma imagem muito severa de si mesmo, do mundo e do futuro. O futuro para é sem esperança, acha que ele não tem direito a futuro porque não tem talento ou capacidade para fazer melhor. Qualquer pequeno obstáculo para será percebido como intransponível. Acha que tudo o que toca vira cinzas. O interessante é que é possível que ele convença as pessoas de que a vida é horrível e sem saída. Pessimismo que vê as causas dos seus problemas como permanentes e pessoais, ou seja, nada vai melhorar, nunca, e ele é o responsável pela sua vida ser esse horror.

Sentimentos do depressivo


O estado de animo do deprimido é horrível. Ele se sente mal, triste, desanimado, um poço de desespero. Chora muito, e será até pior quando não chora por sentir que seu desespero está além das lágrimas. A vida não tem sabor, tudo é sem graça. As piadas não são interessantes e as ironias são insuportáveis. Tem muita tristeza, mas também muita ansiedade e irritação, hostilidade e quando isso se apaga ele fica entorpecido.

Comportamento do depressivo

O depressivo é passivo, indeciso e muitas vezes com tendências suicidas. A morte pode ser um pensamento constante como opção de saída desse sofrimento. Muitas vezes a pessoa só faz as coisas que são rotineiras, não inovam, não tentam nada diferente, e desiste de tudo com muita facilidade principalmente se for contrariado, por exemplo, se a caneta falhar ele joga ela fora e não escreve mais nada, ou, se vai comer macarrão, e alguém diz que seria bom se comesse uma fruta ele larga tudo e não come nenhuma das opções.

Condição física do depressivo

Os sintomas físicos ficam mais intensos quanto mais severa for a depressão. Não tem apetite, não tem animo para sexo, não dorme e se sente esgotado.

Tipos de depressão

Existem tipos diferentes de depressão. Tem a síndrome do ninho vazio, que aparece quando os filhos vão embora, tem a depressão pós-parto que se inicia devido ao nascimento de um filho. Mas os três grandes tipos de depressão são a depressão típica, o transtorno bipolar e a distimia.

Distimia


A distimia é um “mau humor” que aparece em certo momento da vida e nunca mais vai embora. A coisa não é tão intensa, mas não é o normal da pessoa, só que como dura tanto tempo a família acaba até achando que é a personalidade da pessoa que mudou, mas não é. É um quadro depressivo.

Distimia significa “mau humor”. Quando você tem distimia não identifica um momento específico de depressão, mas apresenta esse mal humor todos os dias, o dia inteiro. É um quadro mais brando, mas continuo. Na depressão típica você tem momentos melhores e momentos piores. Na distimia não. É o tempo todo aquele mau humor continuo.

Pra identificar a distimia basta notar que a pessoa passou a ser pouco sociável. Não fica mais com amigos e nem com a família, passa a ter hábitos rígidos, faz todo dia a mesma coisa, não muda a rotina. Os colegas normalmente dizem que ele é “sério demais”, e com o tempo as pessoas começam a achar que esse é o seu jeito mesmo, mas isso não é verdade. Distimia é um outro tipo de doença. Pode e deve ser tratado.

A distimia é confundida com o jeito da pessoa ser, dizem: “É a personalidade dele”. Se a pessoa muda de comportamento e passa a não considerar as suas próprias idéias, não acreditar nela mesma, não confiar em si mesmo, ficar anti-social, solitário, não acha graça nas coisas. Isso pode ser distimia.

Na distimia o sofrimento não é tão arrasador como na depressão. Mas é muito debilitante. porque é constante. Não tem momentos de alivio.

Alguns critérios do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-IV)

  1. Humor depressivo (ou irritável) na maior parte do dia durante mais dias há pelo menos um ano.
  2. Presença de dois (ou mais) dos seguintes sintomas: (1) pouco apetite ou hiperfagia, (2) insônia ou hipersonia, (3) baixa energia ou cansaço, (4) baixa auto-estima, (5) pouca concentração ou dificuldade para tomar decisões e (6) sentimentos de desesperança.
  3. Durante o período de um ano a pessoa jamais esteve sem sintomas por mais de dois meses.
  4. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou comprometimento das áreas social, profissional ou ainda outras áreas importantes.Outros sintomas são: raiva, sentimentos de não ser amado, autodepreciação, ansiedade e desobediência

Bipolar


O transtorno bipolar você percebe quando a pessoa apresenta ciclos nítidos, fases onde ela se sente muito mal, nem levanta da cama se deixar, e fases onde esta eufórica e até fazendo bobagens por se sentir “bem demais”, fase maníaca. É uma alegria desproporcional e doentia. O problema nesta fase é que a pessoa larga o tratamento porque se sente poderosa, compra coisas que não pode pagar, faz viagens que não devia, fica tagarela, e sem senso critico disso tudo.

O transtorno afetivo bipolar era denominado até bem pouco tempo de psicose maníaco-depressiva. Esse nome foi abandonado principalmente porque este transtorno não apresenta necessariamente sintomas psicóticos.
A alternância de estados depressivos com maníacos é a tônica dessa patologia. Muitas vezes o diagnóstico correto só será feito depois de muitos anos pois o psicólogo precisa acompanhar as fases.
O início desse transtorno geralmente se dá em torno dos 20 a 30 anos de idade, mas pode começar mesmo após os 70 anos. O início pode ser tanto pela fase depressiva como pela fase maníaca, iniciando gradualmente ao longo de semanas, meses ou abruptamente em poucos dias. Além dos quadros depressivos e maníacos, há também os quadros mistos (sintomas depressivos simultâneos aos maníacos) o que muitas vezes confunde os médicos retardando o diagnóstico da fase em atividade.
Se aceita a divisão do transtorno afetivo bipolar em dois tipos: o tipo I e o tipo II. O tipo I é a forma clássica em que o paciente apresenta os episódios de mania alternados com os depressivos. As fases maníacas não precisam necessariamente ser seguidas por fases depressivas, nem as depressivas por maníacas. Na prática observam-se muito mais uma tendência dos pacientes a fazerem várias crises de um tipo e poucas do outro, há pacientes bipolares que nunca fizeram fases depressivas e há deprimidos que só tiveram uma fase maníaca enquanto as depressivas foram numerosas. O tipo II caracteriza-se por não apresentar episódios de mania, mas de hipomania com depressão.

Fase maníaca
Tipicamente leva uma a duas semanas para começar e quando não tratado pode durar meses. O estado de humor está elevado podendo isso significar uma alegria contagiante ou uma irritação agressiva. Junto a essa elevação encontram-se alguns outros sintomas como elevação da auto-estima, sentimentos de grandiosidade podendo chegar à manifestação delirante de grandeza considerando-se uma pessoa especial, dotada de poderes e capacidades únicas como telepáticas por exemplo. Aumento da atividade motora apresentando grande vigor físico e apesar disso com uma diminuição da necessidade de sono. O paciente apresenta uma forte pressão para falar ininterruptamente, as idéias correm rapidamente a ponto de não concluir o que começou e ficar sempre emendando uma idéia não concluída em outra sucessivamente: a isto denominamos fuga-de-idéias. O paciente apresenta uma elevação da percepção de estímulos externos levando-o a distrair-se constantemente com pequenos ou insignificantes acontecimentos alheios à conversa em andamento. Aumento do interesse e da atividade sexual. Perda da consciência a respeito de sua própria condição patológica, tornando-se uma pessoa socialmente inconveniente ou insuportável. Envolvimento em atividades potencialmente perigosas sem manifestar preocupação com isso. Podem surgir sintomas psicóticos típicos da esquizofrenia o que não significa uma mudança de diagnóstico, mas mostra um quadro mais grave quando isso acontece.

Fase depressiva
É de certa forma o oposto da fase maníaca, o humor está depressivo, a auto-estima em baixa com sentimentos de inferioridade, a capacidade física esta comprometida, pois a sensação de cansaço é constante. As idéias fluem com lentidão e dificuldade, a atenção é difícil de ser mantida e o interesse pelas coisas em geral é perdido bem como o prazer na realização daquilo que antes era agradável. Nessa fase o sono também está diminuído, mas ao contrário da fase maníaca, não é um sono que satisfaça ou descanse, uma vez que o paciente acorda indisposto. Quando não tratada a fase maníaca pode durar meses também.

Desamparo aprendido


O desamparo, sentimento intimimante ligado à depressão, é aprendido, para provar esta teoria um grupo de pesquisadores realizou o seguinte experimento: Foi feita uma sala com um piso que dava pequenos, mas desconfortáveis choques, nesta sala foram colocados cães, não dava para os cães se livrarem dos choques porque pegava todo o piso. Por mais que eles tentassem se livrar do choque não era possível. Mas quando o segundo grupo de cães foi colocado na sala havia um botão que se eles encostassem o focinho o choque seria desligado. Este grupo a prendeu a se livrar dos choques, porque conforme eles se movimentaram eles acabaram percebendo que este botão os salvava dos choques. Num segundo momento colocaram os cães novamente em outra sala onde só metade do piso dava choque. Para o cão se livrar do choque era só dar um passo a frente e sair da área de choque. E foi surpreendente. O 1º grupo que passou pela experiência de ser impossível se livrar dos choques, nem tentou se livrar dos choques nesta sala. Mesmo sendo em outro ambiente, eles ficaram desamparados. Mas o grupo que tinha como se livrar do choque na sala anterior conseguiu se livrar dos choques facilmente nesta sala também. Eles não desistiram e foram bem sucedidos.
O que esse experimento nos mostra é que quando as pessoas passam por experiências difíceis, onde elas não conseguiram contornar a situação e depois passam por outro problema, em outra situação diferente, a pessoa fica apática, nem tenta, mesmo que nessa situação ele tenha possibilidade de sucesso. Isso significa que o desamparo foi instalado.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Transtornos de Personalidade

A personalidade é definida pelos traços emocionais e de comportamento de um indivíduo. O comportamento final de uma pessoa é o resultado de todos os seus traços de personalidade e o que diferencia os indivíduos é a amplitude e intensidade com que cada traço é apresentado.

Os transtornos de personalidade afetam todas as áreas de influência da personalidade de um indivíduo, o modo como ele vê o mundo, a maneira como expressa as emoções e o comportamento social. Caracterizam um estilo de vida mal adaptado, inflexível e prejudicial a si próprio e/ou aos conviventes. Usualmente aparecem no início da idade adulta e, se não tratados, tornam-se crônicos (permanecendo durante toda a vida).

Por convenção, o diagnóstico só deve ser dado a adultos, ou no final da adolescência, e são classificados em:
Transtorno de personalidade anti-social - caracteriza-se pelo padrão social de comportamento irresponsável, explorador e insensível, constatado pela ausência de remorsos. Tende a culpar os outros ou defender-se com raciocínios lógicos, porém improváveis. O indivíduo não se ajusta às leis e freqüentemente têm problemas legais e criminais. Manipula os outros em proveito próprio e estabelece relacionamentos com facilidade, principalmente quando é do seu interesse, mas dificilmente é capaz de mantê-los.

Transtorno de personalidade borderline (limítrofe) - caracteriza-se por um padrão de relacionamento emocional intenso, porém confuso e desorganizado. A instabilidade das emoções é o traço marcante deste transtorno, que se apresenta por flutuações rápidas e variações no humor de um momento para outro, sem justificativa real. Seu comportamento impulsivo freqüentemente é auto-destrutivo. Estes pacientes não possuem uma clara identidade de si mesmos, com um projeto de vida ou uma escala de valores duradoura.

Transtorno de personalidade paranóide - caracteriza-se pela tendência à desconfiança de estar sendo explorado, passado para trás ou traído, mesmo que não haja motivos razoáveis para isso. A expressividade afetiva é restrita e modulada, sendo considerado por muitos como um indivíduo frio. A hostilidade, irritabilidade e ansiedade são sentimentos freqüentes entre os paranóide. Ele dificilmente ri de si mesmo ou de seus defeitos e ofende-se intensamente quando lhe apontam algum.

Transtorno de personalidade dependente - caracteriza-se pelo excessivo grau de dependência e confiança nos outros. Estas pessoas precisam de outras para apoiar-se emocionalmente e sentirem-se seguras. Permitem que os outros tomem decisões importantes a respeito de si mesmas. Sentem-se desamparadas quando sozinhas. Resignam-se e submetem-se com facilidade, chegando mesmo a tolerar maus tratos. Quando postas em situação de comando e decisão essas pessoas não obtêm bons resultados.

Transtorno de personalidade esquizóide – caracteriza-se primariamente pela dificuldade de formar relações pessoais ou de expressar as emoções. A indiferença é o aspecto básico, assim como o isolamento e o distanciamento sociais. Aquilo que na maioria das vezes desperta prazer nas pessoas, não diz nada a estas, como o sucesso no trabalho, no estudo ou uma conquista afetiva. Não se perturbam com elogios ou críticas.

Transtorno de personalidade ansiosa - caracteriza-se pelo padrão de comportamento inibido e ansioso, com auto-estima baixa. É um sujeito hipersensível a críticas e rejeições, apreensivo e desconfiado, com dificuldades sociais. É tímido e sente-se desconfortável em ambientes sociais. Tem medos infundados de agir tolamente perante os outros.

Transtorno de personalidade histriônica - caracteriza-se pela tendência a ser dramático, buscar as atenções para si mesmo, ser um eterno "carente afetivo", com comportamento sedutor e manipulador, exibicionista, fútil, exigente e lábil (que muda facilmente de atitude e de emoções). Expressa as emoções com exagero inadequado, como ardor excessivo no trato com desconhecidos, acessos de raiva incontrolável e choro convulsivo em situações de pouca importância.

Transtorno de personalidade obsessiva (anancástica) - caracteriza-se pela tendência ao perfeccionismo, comportamento rigoroso e disciplinado, consigo, e exigente com os outros. Emocionalmente frio, é uma pessoa formal, intelectualizada e detalhista. Essas pessoas tendem a ser devotadas ao trabalho em detrimento da família e amigos, com quem costumam ser reservadas, dominadoras e inflexíveis. Dificilmente está satisfeito com seu próprio desempenho e seu perfeccionismo o torna uma pessoa bastante indecisa.

As causas destes transtornos geralmente são múltiplas e relacionadas com as vivências na infância e adolescência.

A procura pelo atendimento normalmente é estimulada pelos amigos e familiares, que são muito mais incomodados pelo transtorno que o próprio indivíduo.
O tratamento desses transtornos é bastante difícil e igualmente demorado. Baseia-se na psicoterapia e psicanálise. Algumas vezes deve-se também tratar outros transtornos que se desenvolvem juntamente com esses. Aparecem comumente depressão e ansiedade associadas a esses transtornos.

 Fonte: Alice Silva Gonçalves

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Assertividade

Existe um tipo de comportamento que, quem o tem, sofre demasiadamente. Refiro-me as pessoas que vivem "engolindo sapos". Em psicologia chamamos esse comportamento de “Não Assertivo”.

Já ouvi muita gente usando essa palavra de forma errada. Como por exemplo: “Fulano foi assertivo demais, ele foi lá e despejou tudo na cara dele”. Isso não é assertividade. Isso é agressividade. È impossível ser “assertivo demais”, pois assertividade se refere, principalmente, a equilíbrio.

O que é assertividade?

Ser assertivo, com certeza, é a melhor forma de comportamento que alguém pode querer desenvolver, porque é a forma mais fácil de atingir nossos objetivos. Mesmo se o objetivo for uma coisa simples como uma troca de um produto que não tenha sido entregue com as especificações combinadas, ou se posicionar diante de alguém que furou a fila à sua frente, ou de passar orientações para seu filho por ele não estar cumprindo as regras, ou falar com marido, namorado, colegas, chefe. Qualquer desses objetivos você, com certeza, atinge de forma muita mais fácil quando se consegue ser assertivo.

Tem muita gente que não gosta nada da forma como está conseguindo lidar com as outras pessoas. Sente muita dificuldade em se colocar objetivamente, mas considera que seria impossível mudar sua forma de agir, e diz: “Eu sou assim mesmo... o que eu posso fazer?”... Já ouvi muita gente dizendo: "Eu sei que eu não ajo como gostaria... mas não dá pra mudar". A boa noticia é que dá para mudar sim. Existe algo chamado de “Treino de assertividade”.

É possível perceber que ser assertivo é a única forma de finalmente conseguirmos controlar o nosso ambiente. Controlar como as pessoas falam conosco, ou como em psicologia nós dizemos: Ser "Efetivo interpessoalmente".

Por exemplo: Você não quer fazer mais um daqueles “favorzinhos” que vivem te pedindo, mas fica muito sem jeito em dizer “não”, ou então sente muita dificuldade em se fazer respeitar quando os amigos vêm com aquelas brincadeirinhas sem graça, você imagina que ao mostrar que não gostou você estará perdendo, automaticamente, perdendo o amigo.

Ser assertivo é justamente conseguir dizer “não”, na hora certa, da forma certa, e sem se indispor com as pessoas envolvidas. Sendo que o mais recompensador é perceber que podemos fazer isso, ser afirmativo, sem se tornar uma pessoa cruel, má ou nos tornarmos uma pessoa mal vista pelos colegas, ou familiares.

Mas ser assertivo de verdade é conseguir se expressar, conseguir se colocar de uma forma afirmativa diante das pessoas e ainda assim ter essas pessoas do seu lado, ainda assim ter a simpatia das pessoas.

Qual a importância da assertividade?

A importância em conquistar esse comportamento assertivo está no próprio estresse do dia a dia. Quanto menos conseguimos administrar as cobranças impostas, tanto no ambiente do trabalho como em casa, mais aumenta a sensação de impotência, aumenta a raiva e a amargura.

Um bom exemplo disso é quando você pretende mostrar ao seu chefe, ou seu cliente, aquele projeto maravilhoso que tirou horas do seu sono, mas se a outra pessoa ficar com aquela cara de incrédulo na sua frente e você desanimar, perder o rebolado porque se deixou contaminar pelo desanimo do outro, você não conseguiu ser assertivo.

Esse sofrimento pode ser o causador de uma série de problemas psicológicos, como por exemplo: Síndrome do pânico, depressão, ansiedade.

Ansiedade é um transtorno que nem sempre é identificado facilmente, pois a noção do senso comum é que o ansioso é aquele que fica andando de um lado para o outro, que é inquieto. O que não é bem assim. Essa é só uma face da ansiedade. Um transtorno de ansiedade é também identificado pelas preocupações desproporcionais.

Como alguém se torna pouco assertivo?

O comportamento passivo, ou “não assertivo” pode ter sido aprendido. Culturalmente a mulher é criada para se “comportar” e isto pode significar não se defender, aceitar o que lhe é oferecido sem questionar. A mulher aprende que o ideal é estar dentro das convenções onde se espera que ela nasça, cresça, case, procrie e seja feliz para sempre. Aliás essa mulher convencional quase não existe mais. E nem sei se um dia existiu.

Muitas culturas ensinam o comportamento passivo. Não é incomum alguém dizer às crianças: “Não responda para as pessoas... Seja um menino bonitinho... Fique quietinho...”

O importante é saber que a assertividade pode ser aprendida, todo comportamento pode passar por um reaprendizado, e isso independe da idade.

Como posso ser assertivo?

Expressando diretamente os seus pensamentos, suas opiniões, sem ameaçar ou castigar as outras pessoas. É fazer os outros saberem quem você é, sem dominar ou humilhar a outra pessoa.

Ser assertivo implica em ser respeitado . É deixar de ser servil . É não mais fazer de conta que o outro está certo e você deve concordar com ele só porque o outro é mais poderoso, mais velho, tem mais conhecimento, é homem, é mulher ou o que for.

É possível que o que você tenha aprendido que era respeito pode na realidade significar servilismo . Eu não sou machista, em feminista, o que eu sei é que todas as pessoas merecem o mesmo respeito.

Ser assertivo implica em dois tipos de respeito, o respeito por você mesmo , e o respeito pelo outro .

É aí que todo mundo confunde ser assertivo com ser agressivo. Quando alguém, depois de muito comportamento passivo, acaba tendo atitudes agressivas, que são o outro extremo, tão indesejável quanto à passividade.

Como identificar um comportamento assertivo?

O comportamento não assertivo pode ser bem observado quando pensamos em todas as situações em que fomos engolindo, engolindo, engolindo, até que um dia a conversa acaba em troca de desaforos e coisas ditas para se arrepender logo no dia seguinte. Aí o que se consegue é mais um problema, pois em geral a pessoa se sente culpada por ter explodido, “Poxa vida, não precisava, porque eu fui fazer isso, que papelão, agora todo mundo vai pensar que eu sou um descontrolado“.

Quando você não consegue expressar seus pensamentos e sentimentos de forma honesta, você permite que os outros violem os seus sentimentos . Mas foi você que abriu essa porta e permitiu que o outro abusasse.

Quando você começa a agir de forma autoderrotista , por exemplo, se desculpando por tudo, se desculpando por existir, por ocupar um lugar no mundo, agindo com falta de confiança, é aí é que os outros encontram a porta aberta, encontram a fragilidade em você. Porque a mensagem que você está passando é: “Eu não conto” , “Meus sentimentos não importam”, “Suas idéias são as únicas que valem a pena ser ouvidas”.

Essa mensagem autoderrotista aparece não só nas coisas que você diz não, parece também na comunicação não verbal. Você também é não-assertivo quando evita o olhar direto para as pessoas, ou sua fala é vacilante, a postura do seu corpo é tensa, seus movimentos são estranhos. E tudo passando a mesma mensagem: “Eu não sou tão importante. Não sou tão interessante”

Isso é ser não-assertivo. É quando você não tem respeito às suas próprias necessidades.

Como identificar o comportamento não assertivo?

Uma forma não assertiva sutil é percebida quando você não respeita a capacidade do outro em lidar com os problemas dele. É quando você assume responsabilidades que não são suas. Quando você assume o problema do outro porque acha que o outro não tem capacidade de lidar com aquilo. Mas muitas vezes você não está ajudando o outro. Você está atrapalhando o crescimento dele, você tirou a oportunidade dele de adquirir seu próprio aprendizado.

Ser não assertivo é também quando você tenta evitar conflitos a todo custo. Ex: Pense nas situações em que você disse uma frase destas: “Eu fiz todo o trabalho sozinho porque sei que não adianta contar com ninguém mesmo”. “Eu paguei a conta sozinho porque assim fico livre daquela pessoa.” Aí você reclama que ninguém te entende. Você se sente sozinho na multidão. Claro! Está faltando aprender a se comunicar. A parar de se comunicar de forma incompleta.

Quer um exemplo de comunicação incompleta? É quando você diz assim: “Meu marido não é nada romântico. Ele tem que saber que eu gosto de ganhar flores!” Comunicação incompleta é quando você acha que não precisa dizer uma coisa porque essa coisa é OBVIA! Mas é obvia pra você, nada garante que é obvia para o outro.

Prejuízos da não assertividade:

Quem não é assertivo acaba sendo incompreendido . Sente-se manipulado pelos outros. Sente que os outros não o levam em conta. Por exemplo: quando seu grupo combina de pedir uma pizza, todos dão opinião quanto a que sabor encomendar, muitas vezes nem pedem a sua opinião, mas mesmo se pedirem é possível que acabem encomendando outro sabor totalmente diferente da que você queria comer. E olha que é capaz de você pagar pela pizza no final. É por isso que quem não é assertivo está sempre se sentindo irritado e acaba sendo hostil, até mesmo sem querer.

E o saldo final disso tudo? Culpa, ansiedade, depressão, baixa auto-estima e talvez ainda queixas psicossomáticas, como dores de cabeça, úlceras, causados pelos sentimentos reprimidos.

O Ser humano tem capacidade de suportar frustrações, mas há limites. Uma hora a coisa tem que sair de alguma forma. E sempre sai em forma de sintomas. Sintomas somáticos, seu corpo fica doente, ou sintomas psicológicos. E quando extravasa a coisa sai sempre de uma forma que não é proporcional ao que está acontecendo na hora, porque aquela foi só a gota que transbordou o copo.

Mesmo quando aparecem sintomas somáticos como dor de barriga, falta de ar, dor de cabeça, tonturas, não adianta procurar só o médico, porque ele vai tratar apenas esses sintomas, quem vai tratar a causa é o psicólogo. Estes sintomas tem causa psicológica.

Quem não é assertivo tem como problema principal não dizer o que pensa. Aí os outros tem que ler os seus pensamentos, e é claro que não é fácil que os outros adivinhem os teus sentimentos . Como por exemplo: "Eu nem deveria ter que falar, ele tem que saber que eu quero que ele me ajude", ou "É claro que ele devia saber que eu fiquei bravo, tava na cara". Portanto o grande problema em não ser assertivo é pecar em querer que os outros leiam nossa mente.

Outro exemplo: Deixar que os outros tomem decisões por nós. Você quer sair com amigos, quer fazer um determinado tipo de programa, mas não se manifesta, fica torcendo pra que decidam fazer o que você estava pensando. Assim como você não é tão poderoso a ponto de conseguir ler mentes, as outras pessoas também não, o resultado mais provável em uma situação dessas é a sua decepção.

Quem tem algum desses comportamentos não assertivos tem como resultado certo não conseguir gostar de si mesmo, sentimentos de inferioridade, é a pessoa do tipo que sempre acha que aquela roupa bacana não fica bem nela, só na vizinha, aquele emprego interessante também não é para ela, ela jamais conseguiria trabalhar naquela boa empresa, mas seus colegas... Aí sim, pra eles tudo bem. Ou também quando a pessoa se coloca em demasia em papel de subordinação, até mesmo tendo uma posição interessante ainda se comporta como se fosse subordinada ao seu colega de trabalho que estaria em nível hierárquico equivalente. Ou dá mais autoridade para pessoas que até tem poder sob um aspecto específico, por exemplo permitir que seu chefe se envolva em áreas particulares da sua vida.

Daí vem muito da tensão do seu dia a dia, tentar solucionar questões do dia a dia com indiretas, dicas, não dá resultado. Você acaba com o seguinte pensamento: “Não adianta.. já fiz de tudo... não é possível fazer com que os outros me respeitem” . Aí é que você está muitíssimo errado, tem o que fazer sim, existe o que em psicologia chamamos de treino de assertividade.

Como identificar a falta de assertividade?

Preste atenção nos seguintes sintomas: Medo constante de estar incomodando as pessoas. Medo de chamar a atenção. Sente que não tem o direito de ocupar muito espaço. O diagnóstico pode ser a falta de assertividade.

Você deve se dar a oportunidade de repensar tudo esse se comportamento, ou falta de comportamento, porque para quem é passivo lhe falta atitude.

Pare de se desculpar por existir. Se goste mais. Invista em você. Se não consegue sozinho procure ajuda profissional.

Quem vive querendo ser tudo para todo mundo acaba não sendo nada para ele mesmo.

Não se deixe levar pelo estilo camaleão, que tenta agradar aos outros e só aos outros, nunca a si mesmo.

Não sinta culpa, troque a palavra culpa por responsabilidade. Ter responsabilidade significa que você tem condições de ser influente em sua própria vida.

A pessoa que não é assertiva é do tipo que pode até ser honesta intelectualmente, mas emocionalmente ela é uma mentirosa. Ela finge que está tudo bem quando no fundo está sofrendo com as coisas que estão acontecendo a sua volta, faz cara de paisagem. E até sua cortesia é uma mentira, porque muitas vezes ela está tratando muito bem uma pessoa mas é porque tem medo do outro.

Uma pessoa assim está sempre planejando, não consegue ser espontânea “Se eu for lá agora vai significar que estou interessada, e não devo demonstrar interesse”, ou “Eu não posso sorrir muito senão vão me achar uma boba... não posso ficar séria senão vão me achar esnobe... Não posso ficar de pé senão vão achar que estou sem graça... não posso sentar senão vão achar que estou de lado”.

Conseguir acrescentar a assertividade em sua vida como opção de comportamento é o ideal, é o que te dá tranqüilidade mental e equilíbrio.