quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Adolescência

Características psicológicas da adolescência
 
1. No aspecto psicológico
1.1. O adolescente nesta etapa vive no seu mundo interior. Para conhecer a própria personalidade, as suas ideias e ideais, compara-se com o mundo dos outros.
1.2. Dá impressão de apatia devido a preocupação repousada e reflexiva pelos próprios estados anímicos.
1.3. Esta interiorização abarca também as esferas intelectuais, filosóficas e estéticas, enchendo a sua vida com estas teorias.
1.4. As características mais próprias deste período, são:
a) Crescente consciência e conhecimento do “eu”.
b) Nascimento da independência.
c) Adaptação progressiva aos núcleos sociais da família, escola e comunidade em geral.
1.5. O espirito de independência cresce rapidamente, mas é imaturo ainda e manifesta-se com brusquidão e agressividade.
1.6. Independência e liberdade são a sua constante exigência.
1.7. Opõe-se, portanto, a que o tenham sujeito ou lhe perguntem sobre os seus assuntos, projectos, amigos com quem anda, ou a que se imiscuam na sua vida privada.
1.8. É capaz de albergar sentimentos de rancor, vingança e violência, embora de modo esporádico e sejam pouco duradoiros.
1.9. Manifesta uma grande preocupação por pormenores e gestos que observa na pessoa a quem imita e idealiza.
1.10. Interessa-lhe e procura conhecer a própria personalidade, mas é mais observador em relação à dos outros, tanto dentro como fora do núcleo familiar.
1.11. Aos 16 anos, o adolescente é já um pré-adulto, possui uma mente mais segura, porque está melhor ordenada e controlada.
1.12. Manifesta uma maior confiança em si mesmo e uma autonomia mais arraigada.
1.13. Em geral, domina perfeitamente as próprias emoções, possuindo um maior equilíbrio.
1.14. Valoriza mais os motivos pessoais dos outros, sejam colegas ou adultos, e pensa mais neles, pois apercebe-se de que o segredo da sua própria felicidade se encontra relacionada com a vida dos outros.
1.15. Sente-se mais livre e independente do que aos 15 anos, por isso já não o preocupa tanto esta exigência.
2. Conduta social em relação com a vida escolar
2.1. Aos 15 anos, em geral, manifestam uma atitude hostil para com a escola, vão contra as exigências e normas rígidas.
2.2. Revoltam-se às vezes contra a autoridade, em geral, não individualmente mas em grupo.
2.3. Entre os 15 e os 16 anos, começam-se a interessar novamente pelo estudo sempre que for interessante e vital para a sua experiência o conteúdo instrutivo, como por exemplo a Religião, as Ciências Sociais, etc.
2.4. Integram-se na comunidade escolar, participando nas actividades que a escola oferece.
2.5. Às vezes a vida escolar converte-se em válvula de escape, em meio para afrouxar as ataduras familiares.
2.6. No âmbito escolar, põem-se de manifesto certas diferenças individuais, académicas e sociais, relacionadas com a capacidade de liderança, o talento e as atitudes intelectuais.
3. Atitudes das pessoas implicadas na sua educação
3.1. É necessária uma atitude de abertura e de conhecimento das fases desta idade, para evitar atitudes inadequadas para com os filhos, o endurecimento da autoridade e o não reconhecer ao adolescente qualquer tipo do direito. Isto, unido à conduta do próprio adolescente, provoca choques violentos.
3.2. Deve-se aceitar a emancipação progressiva dos filhos, e incluso favorecê-la, para os ajudar a serem livres e a manifestarem-se como tais.
3.3. A existência da crise tem a sua origem num problema afectivo, por isso temos de favorecer no adolescente a criação de vínculos familiares, ambientais, … (amor a Deus, à Pátria …).
3.4. Devem sentir-se realizados numa actividade ou numa coisa, aspirando sempre a algo, isto é, devem ter um ideal, fé. Também é importante o relacionarem-se com a família, o grupo, etc…
3.5. Convém saber que estas crises passam com o tempo e que tudo volta a normalizar-se, o que não significa que se deixe de actuar e não se procure orientar positivamente o desenvolvimento dessas crises de modo a que não deixem conflitos na personalidade do jovem.
3.6. É muito inseguro, procura a orientação e o conselho de pessoas alheias à sua vida familiar; assim, os educadores encontram um campo propício para uma acção de formação mais profunda.
3.7. Precisam de uma mão compreensiva para os ajudar no esforço de esclarecer e definir os seus pensamentos e estados anímicos, coisa que é difícil para ele e o faz cair em estados depressivos.
3.8. Às vezes convém tratá-lo com a mesma frieza ou indiferença com que se comporta, para que repare na sua própria atitude.
3.9. As formas mais extremas de desafio exigem um guia habilidoso, bem como prudência nas medidas de controle mais estritas que se pretendam utilizar.
3.10. Temos de passar a ser “observadores participantes” na vida dos adolescentes.
3.11. Devemos ajudá-los a encontrar a forma de se expressarem nas diversas actividades, e procurar que o ensino seja estimulante e interessante, senão podem cair no desleixo e na apatia perante o estudo.
3.12. Recordando as tensões e inquietações da nossa própria adolescência, estaremos em condições de ajudar os jovens e de sermos mais compreensivos para com eles.
3.13. Devemos inculcar-lhes o respeito pelos pontos de vista alheios e o sentido da realidade.


Fonte: http://educacao.aaldeia.net/psicologia-adolescencia/

Histórias de vida

Imagina uma pessoa que nunca mentil, e de repente começou a mentir do nada. E essa pessoa começou a mentir tanto, que essa pessoa nunca imaginou que iria ser pego. Primeiro começou a mentir na escola onde estudava e depois para seus pais. Certo dia saiu as suas notas da escola e essa pessoa pegou seu boletim. E como não queria decepcionar as pessoas que estavam ao seu redor começou a mentir mais ainda, como seus pais não foram comunicados para nenhuma reunião, o pai resolveu ir a escola onde seu filho estudava e descobriu que teve reunião e que tinha saido as suas notas. O menino estava feliz da vida, pois nunca seus pais iriam descobrir que as suas notas estavam ruins, enganou-se, pois seu pai havia pego seu boletim e só estava esperando seu filho chegar da escola para conversar. Quando começaram a conversar, ele começou a mentir e foi mentindo, certo dia seu pai foi á escola de seu filho de novo e foi conversar com uma pedagoga da escola, e essa pedagoga ficou de conversar com seu filho, e o menino foi chamado e foi conversar com a pedagoga. Ele prometeu que nunca mais ia mentir, e que estava arrependido, mas como castigo esse menino teve de ficar afastado do local de onde mais gostava de ir: a igreja. Passou mais de quarto meses sem ir a igreja e quando voltou, todos ficaram estanhando o porque dele nunca mais ter aparecido. E de hoje em diante ele nunca mais mentil.



Por: Nathália Larissa

Ansiedade

1.3 A fisiologia da ansiedade: compreendendo melhor o seu corpo

Todo mundo já passou, pelos mais variados motivos, por situações que provocam certo grau de ansiedade: sentar-se para responder a uma prova difícil na escola ou a um questionário de admissão num emprego muito desejado; pensar que seu pai (ou seu filho) hospitalizado pode morrer a qualquer momento; imaginar o risco de ficar desempregado etc. Nessas ocasiões é muito natural ter taquicardia, sudorese, sensações de falta de ar etc. Mas raramente consideramos que também fazem parte da reação de ansiedade sensações de engasgo, sufocamento, dor no peito, visão desfocada, dormência ou formigamento nas extremidades do corpo, tonteira repentina, músculos tensos e endurecidos (das costas e do pescoço), ânsia de vômito, desconforto abdominal e outras.

Por conseguinte, quando um individuo não acha uma explicação razoável para estas sensações “estranhas” e impressiona-se com elas, considerando-as ameaçadoras á sua sobrevivência, acaba por amplificá-las, podendo ter um ataque de pânico. Contudo, já vimos que, apesar de assustadora, elas nada mais são do que a própria ansiedade ocorrendo. Vamos nos dedicar agora a compreender melhor este mecanismo fisiológico.

A ansiedade é uma resposta fisiológica do organismo a algum estimulo considerado ameaçador, seja, é uma reação automática, necessária e imediata ao perigo. Alguns pesquisadores definem a ansiedade como uma reação de emergência, chamando-a de luta- ou- fuga. Dessa forma, ela serve para preparar o individuo para lutar ou fugir de uma potencial situação de risco iminente. Assim, de alguma maneira, a ansiedade serve para a proteção do organismo e para a sua preservação da vida.

Duas Selvas

É possível dizer que esta reação de ansiedade imediata é uma herança dos nossos ancestrais, os homens das cavernas. Pensem o que teria sido deles diante de enormes mamíferos pré- históricos se não possuem uma capacidade automática de preparação do organismo para se defenderem. As ações imediatas de lutar ou fugir foram muito uteis á perpetuação da nossa espécie.

De alguma maneira, a “selva” das cidades contemporâneas tem a ver com as selvas e as cavernas de nossos antepassados. Por exemplo, você pode estar parado numa esquina e perceber que um carro vem rapidamente em sua direção; ou estar numa festa de fim de ano e reparar que certos fogos de artifícios começaram a estourar muito próximos a você. Nestes dois casos, torna-se fundamental que você aja de forma rápida e eficiente para se poupar de qualquer agressão externa. Não apresentar prontamente uma reação de ansiedade nesse momento, buscando proteger-se diante do imprevisto, poderia ocasionar-lhe um dano físico e ou até levá-lo (a) á morte. O mais natural é que você se afaste logo, abrigando-se em um lugar seguro ou correndo para bem longe dali.

Conclusão: a ansiedade existe essencialmente para a sua proteção, para permitir que você se defenda e não para prejudicá-lo (a). A grande questão a ser como utilizar o equilíbrio esse potencial de defesa que, se exagerado ou mal canalizado, costuma atrapalhar ao invés de ajudar.

 Sistemas fisiológicos de defesa e restauração do organismo

A presença de alguma forma de perigo pode ser percebida muito rapidamente. Em milésimos de segundo o cérebro envia mensagens ao sistema nervoso autônomo. Este sistema, como o próprio nome já diz, funciona de forma independente da nossa vontade, ativando batimentos cardíacos, provocando variações no ritmo respiratório, regulando a digestão de alimentos etc. Apesar de não determinar o seu funcionamento, nós o influenciamos diretamente através de nossas interpretações da realidade, respiração, da movimentação corporal e da introdução de substâncias no organismo (medicamentos, alimentos, drogas e outros).

Ele se subdivide em dois ramos: o sistema nervoso autonômico parassimpático. Estes dois subsistemas estão relacionados ao controle da energia existente no corpo e ao ajuste deste para uma resposta adequada á situação presente, seja ela perigosa ou pacifica. O sistema nervoso simpático é o responsável pela reação de luta- e – fuga que libera energia e prepara o corpo para a reação em face de qualquer ameaça. Já o parassimpático faz com que o corpo volte ao seu estado normal, sua energia e relaxando-o.

O sistema nervoso simpático tende a ser bastante radical, ou seja, quando acionado, todas as suas possibilidades de reação são ativadas. É difícil acontecerem mudanças em apenas uma parte do corpo. Talvez por isso os ataques de pânico envolvam tantos sintomas diferentes. Para exercer suas funções, o sistema nervoso simpático libera no organismo a adrenalina e a noradrenalina- substância química fabricadas fundamentalmente pelas glândulas supra- renais – as quais são utilizadas para dar continuidade ao seu funcionamento. Uma vez ativadas as suas manifestações, elas podem se manter e aumentar de intensidade durante certo tempo, até esboçarmos uma reação de defasa.

Mas atenção! As atividades do sistema nervoso simpático poderão ser interrompidas de duas formas: ou através da destruição das substancias - mensageiras (adrenalina e noradrenalina) por outras sustâncias do corpo, por ativação do sistema nervoso parassimpático, que libera os neurotransmissores endorfina, ocitocina, dopamina e serotonina, cujos efeitos são contrários aos anteriores provocados, restaurados o organismo e produzindo uma sensação de relaxamento.

Isso significa que, em algum momento, após um “perigo” potencial não ter se confirmado, mesmo que nós não ativemos voluntariamente o sistema nervoso parassimpático através de nossos pensamentos ou respiração, o próprio corpo se cansará da reação luta- e- fuga e o ativará, a fim de voltarmos a ficar relaxados. Nesse cenário, o sistema nervoso parassimpático age como um protetor interno, inibindo o sistema nervoso simpático e automaticamente impedindo a ansiedade atingir níveis prejudiciais.

Outro aspecto interessante é o fato de a adrenalina e a noradrenalina levarem algum tempo para serem destruídas. Desse modo, mesmo depois de passar o perigo, você ainda pode ficar alerta e apreensivo (a) por algum tempo, pois as substâncias ainda estão “flutuando” dentro de seu organismo. Isto é absolutamente natural e não significa desequilíbrio nem perigo.

Este fenômeno também tem a ver com os nossos ancestrais que, num ambiente selvagem e na eventualidade de o perigo retornar, necessitavam já estar com o organismo razoavelmente preparado para, de forma rápida, acionar a reação de luta-e- fuga. No nosso caso, o mesmo mecanismo está valendo, pois precisamos estar com o corpo ainda em alerta para podermos garantir que o recente inimigo não nos pegue desprevenidos.

Compreendendo melhor a reação de defesa do organismo

Partindo na noção de que a ativação do sistema nervoso autônomo simpático tem o propósito de defender o seu organismo, será mais fácil compreender seus efeitos e por que eles são necessários ao invés de perigosos. Veja bem, ao observamos o coração em momentos de alta ansiedade ou pânico, percebemos que ele aumente a freqüência de seus batimentos e também de sua força. Este acontecimento internos tem seus motivos, dentre eles, ajuda a tornar mais veloz a circulação sanguínea, melhora a distribuição de oxigênio e nutrientes nos tecidos e a remoção das substâncias que não são uteis a eles. Apesar de ás vezes sentimos nosso coração quase “saltando pela boca” e isto ser muito desagradável em certas ocasiões, esclarecemos que o fato não é perigoso. Relembre o resultado de seus exames cardíacos e, caso estejam normais, tranqüilize-se.

Nesse cenário, também ocorre redirecionamento do fluxo de sangue, que costuma ser reduzido nas partes do corpo onde ele não é tão essencial naquele momento e intensificando onde ele é mais necessário (através do estreitamento do diâmetro dos vasos sanguíneos). Por exemplo, o fluxo de sangue diminui na pele e nos dedos das mãos e dos pés, numa espécie de “prudência” do organismo, pois se a pessoa for atacada ou ferida, não morrerá de hemorragia. Este fluxo reduzido nas extremidades do corpo pode deixá-lo (a) com a pele pálida, as mãos frias ou com dormências e formigamentos. Se considerarmos as regiões que recebem mais sangue, como no caso dos grandes músculos (coxas, bíceps, trapézio), você poderá experimentar tensões e enrijecimentos, o que apenas está garantindo que seu corpo esteja tonificado e preparado para agir. É esperando que estas sensações não sejam consideradas agradáveis, contudo, não se faz necessário preocupar-se com elas, já que o seu organismo está apenas se preparando para defendê-lo.

Esta reação de defesa também tem a ver com o aumento da velocidade e da superficialidade respiratória. A mudança na respiração permite uma rápida troca gasosa do corpo com o meio, inspirando grandes quantidades de oxigênio (O2) e expirando alta dose de dióxido de carbono (CO2). É valido dizer que para nós, seres humanos, o oxigênio é o gás da vida e da ação e que sem ele apagamos como uma vela acesa ao ser coberta por um copo de vidro. Portanto, para reagirmos a um perigo, nossos tecidos precisam de oxigênio. Por outro lado, o produto CO2 deve ser eliminado e a sua redução no organismo sinaliza que estamos reagindo a um “perigo”. Porém, como quase como quase tudo na fisiologia, este aspecto tem outro lado: o aumento da freqüência respiratória pode resultar em sensações de falta de ar, engasgo, sufocamento, além de dores e pressões no peito em função de exigência interna de mais oxigênio, sensações estas que- afirmamos mais uma vez- assustam, mas não oferecem risco á sobrevivência.

Outro acontecimento interessante é o “aumento do fluxo de sangue em certas partes do cérebro e sua diminuição em outras”. Nesta região do corpo também se mantém um leve aumento do nível de O2 e uma baixa no CO2, o que altera o pH cerebral, resultando na manutenção do estado de alerta. Em contrapartida, este fenômeno para efeitos desagradáveis, como tonteiras, visão embaçada, sensações de confusão e fuga da realidade. É sempre bom repetir: essas sensações vêm e passam, sem prejudicar a saúde.

A ativação do esquema luta- e- fuga aumentam a transpiração. Vem á tona outra vez o nosso parentesco com os homens pré- históricos: uma pele escorregadia e úmida dificulta sermos agarrada pelo predador. Além disso, o suor ajuda a evitar excesso de aquecimento corporal, resfriando-nos. Como resultado de um metabolismo corporal ativado, é comum que surjam ondas de frio ou calor, que visam regular a temperatura do organismo e que, acima de tudo, despendem muita energia. É bastante natural que aquele que experimenta essas sensações sinta-se geralmente cansado (a) e esgotado (a).

A ativação do sistema nervoso simpático produz muitos outros efeitos, todos inofensivos: as pupilas dilatam para que a luz ente mais intensamente no sistema ocular, o que pode resultar em uma visão borrada, com manchas na frente dos olhos; há uma redução na produção de saliva, e a boca costuma ficar seca; diminui a atividade do sistema digestivo, o que geralmente produz náuseas, uma sensação de peso no estomago e também diarréia; finalmente, vários grupos de músculos tencionam, ficando todos prontos para que o indivíduo possa lutar ou fugir. Apesar de desconfortável, imagine se você tivesse que sair correndo para fugir de um agressor e seu corpo estivesse inteiramente relaxado! Impossível, não é mesmo? Daí os sintomas de enrijecimento muscular, provocando dores e tremores em muitas ocasiões.

Atitudes que vão da agitação de mãos e pés até o balançar do corpo e o insulto dirigido a alguém que esteja incomodado, assim como pensamentos de sair absolutamente naturais numa situação de ansiedade, pois o nosso corpo está preparado para lutar ou fugir. No entanto, num ambiente social, nem sempre podemos fazer o que temos vontade.

Outra conseqüência desta reação de luta- e- fuga é o fato de o organismo desenvolver a atenção para pesquisar ambientes em busca de ameaças em potencial. Por este motivo, a pessoa ansiosa passa a ter mais facilidade para se distrair e mais dificuldade para se concentrar em tarefas diárias, podendo inclusive ter a sensação de que está com problemas de memória.

Realmente, quando uma pessoa não acha uma explicação razoável para todas essas sensações e, ainda por cima associa a idéias de perigo, é bem provável que fique com muito assustada. Uma idéia freqüente pode ser: “se não encontro nada lá fora de mim para justificar o meu nervosismo, deve haver então algo de errado dento de mim”.

Para piorar a historia, a pessoa procura médicos e eles dizem que não há nada apesar de suas fortes sensações, essa pessoa acaba acreditando que deve estar com algo muito mais grave inteiramente e que ainda não foi descoberto. Nesse caso, o caminho mais provável é imaginar que: “devo estar morrendo, perdendo o controle total ou ficando louco (a)”. Estes pensamentos seguem certa lógica e acaba por se tornar uma péssima explicação, porém aceitável para quem experimenta o problema, o que contribui para a manutenção do medo, da ansiedade, das evitações e das peregrinações por hospitais.

Entretanto, é possível saber exatamente o que está acontecendo com seu organismo baseando-se em evidências cientificas, como você acabou de fazer ao ler este texto. Isso lhe ajuda a compreender suas sensações e a ficar mais tranqüilo (a) em relação a elas. Existe uma explicação fisiológica para tudo isto e, agora, fundamentada em fatos científicos. Quando você está ansioso, seu organismo realmente se modifica por inteiro, mas com o único propósito de prepará-lo para defender-se de qualquer perigo; jamais para prejudicá-lo. Seria um contra- senso de a natureza desenvolver, ao longo da evolução, uma reação tão sofisticada de proteção se esta mesma reação nos causasse mal.

Até aqui foi apresentado por que e para que se experimenta o mecanismo de ansiedade e como este revela ser uma manifestação do seu sistema de defesa, ativado como um todo e capaz de provocar variadas sensações. Paralelamente, você também pôde compreender a atuação do seu sistema de restauração, capaz de provocar uma normalização das funções fisiológicas e uma sensação de relaxamento. A partir da próxima leitura, você poderá como seus pensamentos são poderosos no processo de ativação tanto da ansiedade, quanto do relaxamento e compreenderá por que, efetivamente, não há perigo de experimentar tais sensações.





Iliana Lessa Jatobá

Psicóloga

CRP 15/2297

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Mensagem da semana

Você nasceu vencedor. Hoje, vencer não é deixar de cometer erros e falhas, mas reconhecer nossos limites e corrigir nossas rotas. Vencer é não desistir. Espero que você se lembre, quando foi dada a largada da grande corrida da vida e o relógio do tempo começou a contar a sua existência, você brilhou.

Versículo da Semana

Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos;

E clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro.

(Apocalipse 7. 9-10)

Felicidade

->A reportagem de capa da revista SUPERINTERESSANTE, mês de abril de 2005, trata da ciência da FELICIDADE.

Interessei-me pelo tema e li com muita atenção, pois acredito estarmos vivendo momentos delicados no que se refere à busca da felicidade.

Pergunto: O que é ser feliz, para cada um? Quando fazemos algo que aumenta nossas chances de sobreviver, nos sentimos muito bem, escreve Barbara Axt, na Superinteressante. Esta sensação de bem-estar atua como uma alavanca motivadora e é em busca dela que todos vivemos. Mas, nesta caminhada, acontece algo interessante, parece que cada conquista é a mais importante e exige nosso máximo empenho para alcançá-la. Mas... quando somos vitoriosos e atingimos o tão esperado objetivo, surge uma nova necessidade e assim parece que nunca chegaremos a ser feliz.

Segundo o psiquiatra Augusto Cury, autor do livro "Nunca desista de seus sonhos", viver é uma grande aventura e exige que estejamos preparados para correr riscos como os de fracassar, de ser rejeitado, de frustrar-se consigo mesmo, decepcionar-se com os outros, ser incompreendido, ofendido, reprovado e até mesmo de adoecer... Segundo este autor, nossa espécie está adoecendo na medida em que ser feliz tornou-se uma obrigação e uma fonte terrível de ansiedade.

As pessoas que desejam ser feliz precisam se convencer de que depositar no dinheiro sua felicidade pode esvaziar a vida de significado; de que condicionar a felicidade a fatores como um bom casamento, pode não corresponder a viver num estado constante de alegria; de que achar que a felicidade está no futuro, pode só adiar sua realização. Pensar que a felicidade está em deixar-se iludir pela cultura consumista, da beleza e do status, que vem pressionando e exigindo necessidades novas a cada minuto para as quais não estamos preparados, pode causar uma armadilha aos nossos sentimentos.

Nossas crianças precisam ter infância para inventar, correr riscos, frustrar-se, divertir-se, encantar-se e sonhar. Assim, poderão crescer valorizando a vida na sua essência, fortalecendo-se contra as armadilhas da felicidade. Conviver com um pouco de ansiedade e de insatisfação é perfeitamente aceitável. Saber esperar, planejar e não atropelar as etapas da vida é perfeitamente saudável. além do mais, se considerarmos a felicidade como o estado no qual não temos vontade de mudar nada, como desejaremos alcançá-la plenamente, na medida em que corremos o risco de ver nossas vidas estacionarem e nada nos empurrará para frente? Quem sabe chega o tempo de, como adultos saudáveis, nos perguntarmos novamente: O que é para mim, ser feliz? Como devo viver para construir a felicidade?