quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Felicidade

->A reportagem de capa da revista SUPERINTERESSANTE, mês de abril de 2005, trata da ciência da FELICIDADE.

Interessei-me pelo tema e li com muita atenção, pois acredito estarmos vivendo momentos delicados no que se refere à busca da felicidade.

Pergunto: O que é ser feliz, para cada um? Quando fazemos algo que aumenta nossas chances de sobreviver, nos sentimos muito bem, escreve Barbara Axt, na Superinteressante. Esta sensação de bem-estar atua como uma alavanca motivadora e é em busca dela que todos vivemos. Mas, nesta caminhada, acontece algo interessante, parece que cada conquista é a mais importante e exige nosso máximo empenho para alcançá-la. Mas... quando somos vitoriosos e atingimos o tão esperado objetivo, surge uma nova necessidade e assim parece que nunca chegaremos a ser feliz.

Segundo o psiquiatra Augusto Cury, autor do livro "Nunca desista de seus sonhos", viver é uma grande aventura e exige que estejamos preparados para correr riscos como os de fracassar, de ser rejeitado, de frustrar-se consigo mesmo, decepcionar-se com os outros, ser incompreendido, ofendido, reprovado e até mesmo de adoecer... Segundo este autor, nossa espécie está adoecendo na medida em que ser feliz tornou-se uma obrigação e uma fonte terrível de ansiedade.

As pessoas que desejam ser feliz precisam se convencer de que depositar no dinheiro sua felicidade pode esvaziar a vida de significado; de que condicionar a felicidade a fatores como um bom casamento, pode não corresponder a viver num estado constante de alegria; de que achar que a felicidade está no futuro, pode só adiar sua realização. Pensar que a felicidade está em deixar-se iludir pela cultura consumista, da beleza e do status, que vem pressionando e exigindo necessidades novas a cada minuto para as quais não estamos preparados, pode causar uma armadilha aos nossos sentimentos.

Nossas crianças precisam ter infância para inventar, correr riscos, frustrar-se, divertir-se, encantar-se e sonhar. Assim, poderão crescer valorizando a vida na sua essência, fortalecendo-se contra as armadilhas da felicidade. Conviver com um pouco de ansiedade e de insatisfação é perfeitamente aceitável. Saber esperar, planejar e não atropelar as etapas da vida é perfeitamente saudável. além do mais, se considerarmos a felicidade como o estado no qual não temos vontade de mudar nada, como desejaremos alcançá-la plenamente, na medida em que corremos o risco de ver nossas vidas estacionarem e nada nos empurrará para frente? Quem sabe chega o tempo de, como adultos saudáveis, nos perguntarmos novamente: O que é para mim, ser feliz? Como devo viver para construir a felicidade?

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